Em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, o crescimento deixou de ser apenas um objetivo para se tornar um diferencial estratégico. Para startups que querem não apenas sobreviver, mas prosperar, o crescimento é crucial. Mais do que um indicador de sucesso, ele é vital para empresas em estágio inicial que desejam consolidar sua posição, expandir sua base de clientes e atrair investimentos. O grande desafio está em construir uma estratégia que promova um crescimento sustentável e focado no longo prazo — algo que exige preparação cuidadosa e adaptada às particularidades de cada negócio.
“Os empreendedores de hoje, em sua maioria, começaram em um cenário de 2020 que já não existe mais”, afirma João Gonçalves, fundador e CEO da JoGo, primeira agência de growth especializada em startups early-stage no Brasil. O aumento das taxas de juros e as incertezas macroeconômicas criaram um ambiente mais cauteloso, onde investidores estão mais seletivos e priorizam startups com bases sólidas e um caminho claro rumo à sustentabilidade financeira.
O cenário de 2024 é mais desafiador do que os anos de 2020 e 2021, exigindo dos empreendedores uma abordagem mais adaptável e um conhecimento profundo do mercado. As estratégias que antes funcionavam não garantem mais os mesmos resultados. Muitos empreendedores ainda cometem o erro de replicar táticas antigas, sem considerar o novo contexto e as particularidades de seus negócios.
Para João, executivo com vasta experiência em marketing e operações digitais, a chave para o sucesso em 2024 está em inovar, experimentar e se adaptar rapidamente às mudanças. Entender que o empreendedorismo é uma jornada em constante evolução é crucial para evitar a estagnação e preparar a startup para crescer no cenário atual.
Preparando-se para o crescimento
O crescimento acelerado depende de fatores como a maturidade do produto, o mercado e, sobretudo, o product-market fit. Nesse processo, fazer as perguntas certas antes de iniciar a jornada de growth é fundamental. “Todos querem — ou precisam — crescer. Mas estão realmente prontos para esse desafio?”, provoca João. O “estirão de crescimento” é um momento em que startups podem crescer até 10 vezes em dois anos, mas isso só será sustentável se houver uma base sólida para suportar essa expansão.
Com o product-market fit validado, uma proposta de valor clara e bem comunicada é essencial para o crescimento. João enfatiza que muitas startups enfrentam dificuldades ao transmitir sua proposta de valor. Se a mensagem não for clara e objetiva, oportunidades importantes de crescimento podem ser perdidas. Por isso, a JoGo trabalha para estruturar essa comunicação de forma simples e eficiente antes de avançar para a fase de expansão.
Outro grande desafio no crescimento é a escolha dos canais de aquisição de clientes. Muitas startups testam diversos canais de marketing e vendas, mas nem todos oferecem o mesmo potencial de escalabilidade. Para João, é crucial identificar e testar rapidamente os canais mais promissores, priorizando aqueles que oferecem o melhor custo-benefício e maior alinhamento com o público-alvo.
A seleção dos canais deve considerar as particularidades do mercado. As healthtechs, por exemplo, precisam adaptar suas estratégias ao setor de saúde, que possui padrões de consumo específicos. Assim, entender o comportamento do cliente e ajustar tanto a comunicação quanto os canais de aquisição são passos essenciais para maximizar o retorno sobre o investimento em marketing e vendas.
Além disso, João destaca a importância de aprender rapidamente com os testes. Nem sempre o primeiro canal será o mais eficiente, mas a agilidade para ajustar a estratégia garante que a startup continue no caminho do sucesso.
A abordagem da JoGo
Fazer uma startup crescer exige habilidades diferentes das necessárias para validá-la. Segundo João, as competências que levaram a empresa até o product-market fit não são as mesmas que a levarão para o próximo nível. Isso significa que founders e suas equipes devem estar dispostos a mudar suas abordagens e até mesmo a estrutura organizacional para garantir a evolução da startup.
Um erro comum é tentar estender ao máximo as habilidades da equipe atual, mesmo que os membros não tenham a expertise necessária para a fase de crescimento. João adverte que, muitas vezes, é preciso trazer novos profissionais especializados em growth para evitar erros que podem prejudicar a startup.
O ideal é garantir que esses novos talentos tenham experiência em desafios similares. “Há uma tendência de repetir fórmulas que funcionaram em outros lugares, mas que podem não ser adequadas para a sua realidade”, explica João. O segredo é personalizar as estratégias e não aplicá-las de forma genérica.
O processo de growth exige testes constantes e uma abordagem sob medida. A proposta da JoGo é atuar de forma personalizada e assertiva, atendendo às necessidades específicas de cada startup. Com o modelo de Growth as a Service, a agência cobre áreas como estratégia, branding, analytics e operação de canais de aquisição e retenção de clientes.
João destaca que a JoGo trabalha lado a lado com os founders, operando o squad de growth por um período de até 18 meses, preparando a equipe interna da startup para assumir o controle no futuro. “Nosso foco é ajudar startups desde o estágio seed até a série A, garantindo que, ao chegarem na série B, tenham uma estratégia de growth estruturada e possam crescer de forma independente”, afirma.
A JoGo também documenta todo o processo, garantindo que a startup esteja equipada para continuar crescendo de forma autônoma no futuro. “Nossa missão é preparar as startups para que estejam prontas para os desafios que virão após o estirão inicial”, conclui João.
Desde 2019, a JoGo já ajudou mais de 100 startups e investiu mais de R$ 1 bilhão em mídia, desenvolvendo mais de 20 metodologias próprias. A empresa cresce 100% ao ano e já atendeu grandes nomes como Loft, Unico, Flash, Tembici e Isaac.
